SOMOS ÁTOMOS DE DEUS

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segunda-feira, 25 de dezembro de 2017

Som/música para dormir e meditar - Binaural Delta 0,5 Hz com gotas d'água.





SOM EM ONDAS DELTAS - REFLEXÃO E RELAX

A FÉ, A ESPERANÇA E O AMOR (Conto)

A FÉ, A ESPERANÇA E O AMOR (Conto)
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A teologia do pluralismo religioso na América Latina

A teologia do pluralismo religioso na América Latina

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Teologia do Pluralismo Religioso. Releitura do Cristianismo






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O LUGAR FÍSICO, NÃO O GEOGRÁFICO, DO NASCIMENTO DE JESUS.


        O LUGAR FÍSICO, NÃO O GEOGRÁFICO, DO NASCIMENTO DE JESUS.
                                                                            
                                                           Fernando Gondim [1]

Dos Ev. sinóticos apenas Mt e Lc relatam detalhes do nascimento do esperado Messias de Israel. Ambos o fazem de maneiras distintas e de acordo com os destinatários.  Mt, que foi discípulo de Jesus,  narra o texto evangélico para os judeus-cristãos os quais esperavam o  Messias; Lc não conheceu Jesus e foi “convertido” pelas pregações paulinas e o autor destas, Paulo, também não  conheceu Jesus. Podemos aplicar a estes, genericamente falando, o que diz o próprio Lucas em At 2, 42: “[...] ouviam o ensinamento dos apóstolos”.
No texto de Lucas em questão o redator diz no cap. 2, v. 7 que Maria deu à luz a seu filho e o depositou em uma manjedoura, pois não havia lugar para eles (Maria e o menino récem-nascido) na sala (?), da casa, da hospedagem... Com todo texto tem seu contexto e sua frase principal, a deste texto lucano é de uma importância histórica e teológica única e a frase principal é o v. 7. Vejamos:
Por que não havia lugar para ela na “sala comum”. Isso pode ser comentado assim: o lugar de alguém que estava para dar à luz não era na sala comum. Na tradição bíblica, quem dava à luz era impura por 40 dias se dela nascia um menino e por 80 dias se fosse uma menina. Além disso, a mulher transmitia a sua impureza aos outros. Por isso as mulheres que observavam a Lei preferiam retirar-se a um lugar discreto para não complicar a vida dos outros. (Cf. http://www.abiblia.org – acessado em 21.12.17, as 11h34m).  [2]
Se em Mt 1, 19 é dito que José era justo por assumir a paternidade messiânica de Jesus, como pai adotivo,  implicitamente o autor do texto lucano afirma isto à Maria. Ela era cumpridora da Torá judaica. Ora, se como o texto de  Lc afirma que por ordem do imperador romano, César Augusto, todos os moradores do Império Romano, eram obrigados a voltarem à sua cidade de origem para que fosse feito um recenseamento (para ser feito as cobranças dos impostos), José era de Belém de Judá e, provavelmente tinha parentes naquele lugar e para lá levou a esposa grávida. No texto de Lucas em questão, o v. 7 termina coma a palavra kataluma,  que é traduzida por sala ou quarto. [3] Assim, por força das circunstâncias religiosas vistas acima, Maria não poderia ficar em um local com pessoas instaladas, pois “cumpriu-se o parto” e, como já vimos, a Torá proibia aquela mulher grávida e em “trabalho de parto”, estar junto de pessoas, pois, a mesma estava impura e iria contaminar as outras. Por isso as mulheres que observavam a Lei preferiam retirar-se a um lugar discreto para não complicar a vida dos outros.
E quanto ao “local físico” onde Maria deitou o recém-nascido? O texto em questão diz que o menino foi enrolado em panos e o deitou en faten, literalmente: dentro de um cocho.[4] Ora, o cocho é um local de madeira ou mais, rústico escavado no chão ou na pedra, onde se colocava a comida dos animais do estábulo, especialmente o gado e, no caso dos judeus, dos jumentos, pois á época do domínio romano, só quem andava a cavalo eram os soldados romanos, pois os dominantes. Uma curiosidade: o versículo 7 do texto aludido não registra o nome da mão do menino e nem o do “pai” adotivo, no caso os nomes de Maria e de José, por dois motivos.
A)- José não poderia estar com ela na hora da parição, senão ficava imundo, impuro e contra a Torá, a lei religiosa judaica. B)- Se ela estava suja de sangue, nem no texto “marcou presença” com seu nome, pelo mesmo motivo. Assim o texto do citado versículo diz que “deu a luz a seu filho primogênito e o enrolou em panos”. Implicitamente refere-se à Maria e, no contexto, ela pariu seu filho sozinha!
A presença do burro e do boi, nas tradições cristãs posteriores, (ver São Francisco) na manjedoura explica a citação de Isaías 1,3: “[...] o boi conhece o seu proprietário e o burro a manjedoura do seu senhor. Israel não sabe, o meu povo não entende”. O evangelho apócrifo do Pseudo Mateus lembra este versículo. Quanto à data do nascimento do menino Jesus, não há uma “certeza” histórica a respeito. Com a divulgação da fé cristã pelo mundo de então, vários ritos pagãos foram se integrando ao ritual cristão e distorcendo as origens da fé cristã. A data que atualmente celebramos, foi escolhida pelo Papa Libério em 354 e, à época celebrava-se o solstício de inverno e era o dia “sagrado” do “divinus solus invictus”, o invicto deus sol para os romanos. Há, na data escolhida, uma ligação teológica muito forte com uma afirmação bíblica do profeta Malaquias 4, 2, que diz: "Mas, para vós que temeis o meu nome, nascerá o SOL DA JUSTIÇA, e salvação trará debaixo das suas asas”.




[1] Fernando Gondim é graduado e pós-graduado, (Lato Sensu), em Ciências da Religião, pela UVA e pelo ICRE, respectivamente.
[2] Ver o texto bíblico a respeito: O Senhor disse a Moisés para dar as seguintes instruções ao povo de Israel:  ”Quando nascer uma criança, se for menino a mãe ficará impura por sete dias, sob as mesmas restrições que durante os seus períodos menstruais. No oitavo dia o menino será circuncidado. E durante os trinta e três dias seguintes, enquanto a mãe recupera da sua impureza ritual, não deverá tocar em nada que seja sagrado, nem entrar no tabernáculo.  Se for uma menina que tiver nascido, a impureza da mãe prolongar-se-á por duas semanas, durante as quais ficará sob as mesmas restrições que durante os seus períodos regulares. Depois, durante mais sessenta e seis dias continuará a recuperar da sua impureza”. (Lv 12, 2-4). Obs: a perda de sangue, e no caso a mulher e,  por qualquer motivo, a tornava imunda e as pessoas não podiam nem vê-la e nem tocá-la. Tudo em que ela tocasse ficaria imundo também. Isto na tradição judaica á época, pois no tempo dos patriarcas, há relato de que a mulher paria sentada nos joelhos de uma outra e era assistida por uma parteira. 

[3] RUSCONI, Carlo, Dicionário do Grego do Novo  Testamento, Paulus, 203, p.254.
[4] Idem p. 479. A Bíblia do Peregrino, de Pe. Alonso Schökel, biblista espanhol, em comentário ao texto em questão, nota ao cap. 2, v7, p. 2457, ao referir-se ao local “físico” onde for colocado o menino, diz que se trata de uma casa encravada na rocha ou de uma gruta adaptada como moradia para uma habitação familiar e um recinto contíguo com um estábulo. (BP, Paulus, Paulus, 2002).  

terça-feira, 12 de dezembro de 2017

Texto sobre N. S. de Guadalupe

Texto sobre N. S. de Guadalupe                                                               

   GUADALUPE, MÉXICO, 12 de dezembro de 1531.

                                                                             Fernando Gondim [1]


O México foi colonizado pelos cristãos espanhóis desde a chegada de Hernán Cortés no dia 8/11/1519 e usaram de violências, massacrando as populações indígenas que lá viviam e existiam há 40 mil anos. Para impor o domínio espanhol aos moradores do lugar, os conquistadores, cristãos de confissão católica, extinguiram os habitantes do país, matando-os fisicamente e dizimando as suas culturas. Os impérios europeus usavam de violência para impor seus costumes. Era algo comum: judeus, cristãos, muçulmanos assim agiram. Sociologicamente falando é o costume das religiões monoteístas.  Em meio a este caos, Maria aparece a um índio mexicano, Juan Diego, integrante da tribo dos Astecas, da casta dos “macehual” a mais desprezada de sua tribo. Na Bíblia todos os que libertaram o povo, são sempre os pequenos, os desprezados pelas sociedades de seu tempo: as parteiras Sefra e Fua, Moisés, Débora, Gedeão, Davi, os profetas, Judite, Ester as anônimas dos Macabeus... José, Maria, Jesus, todos pobres.

Em meio à exploração branca aos índios locais, no dia 09/12/1531, Maria aparece no caminho de Juan Diego e pede que o mesmo vá ao bispo diocesano, o franciscano D.Juan de Zumárraga, pedir que o mesmo erguesse uma capela em homenagem à verdadeira mãe de Deus, naquele local, um pequeno monte. O índio foi ao bispo e este não lhe deu crédito.  O fato repete-se no dia 10 e o bispo, além de não crer no que ele diz, pede-lhe um sinal. No dia 12 Juan vai procurar auxílio para o tio doente e ao passar no lugar da 1a. aparição tenta fugir do lugar, mas a jovem lhe aparece e diz que ele não se preocupasse, pois seu tio estava curado. Juan conta a jovem a exigência do bispo. Aquela diz que Juan suba ao monte e colha as rosas que lá estavam. Juan sobe e colhe as rosas lindas e perfumadas e as coloca em seu avental, feito de uma fibra simples e as leva ao bispo como prova da aparição da jovem. Ao chegar ao palácio os empregados do prelado não o deixam entrar, pois o patrão estava dormindo e não poderia ser incomodado. Juan insiste e, curiosos, os escravos do bispo querem ver o que ele tinha no avental. Juan diz que só mostraria ao bispo. Este foi acordado e ao chegar à sala o índio abre o avental e as rosas caem por terra. Elas eram de Toledo, a terra do bispo na Espanha e não existiam no México e era impossível existirem rosas àquela época, pois era o tempo do inverno, havia muita neve e nada nasce no solo local. Quando as rosas caem do avental, surge uma pintura no “tecido” pendurado no pescoço do índio Juan. Era a de uma jovem com aparência de 15 anos (a idade da jovem judia se casar), morena como os indígenas locais, com um manto azul cheio de estrelas e por traz da pintura, os raios de sol. Quando o bispo viu esta imagem estampada no avental indígena, cai de joelhos ao chão e chorando começa a rezar.  Este avental feito de uma palha seca era usado pelos índios para se protegerem do frio, e era muito frágil.  Normalmente vira pó.  Se guardado e sem uso tem uma duração de alguns anos. Detalhe: este manto tem hoje, 486 anos (2017 – 1531 = 486). Quase cinco séculos de existência!

O bispo tirou o avental do pescoço do índio e levou-o para seu oratório e providenciou a construção de uma capela no monte das aparições. Hoje, sabemos disto, o que era impossível conhecer cientificamente àquela época: o lugar do monte onde Maria aparecera a Juan Diego, chamado pelos índios locais de Tepeyac geograficamente é o centro de todas as Américas. O “umbigo” americano. [2] Assim o local onde hoje é o santuário de N. S. de Guadalupe, é o centro religioso das Américas, o local que liga “o céu a terra” e, para a cultura bíblica, a Basílica de N. S. de Guadalupe é o “umbigo” do mundo americano.  

O citado avental ficou ao longo de anos exposto à visitação pública nas igrejas locais, em procissões e muitos o tocavam sendo maltratado por diversos motivos.  Houve tentativas de destruir o avental ao longo do tempo. Merece registro um fato de 14/11/1921, quando um anarquista espanhol colocou sobre o altar da catedral feito de um bloco de mármore puro e dos mais resistentes, um arranjo de flores, o qual escondia uma violenta carga de dinamite. Ao lado do altar ficava um crucifixo de bronze de 500 kg e o avental impresso com a imagem de Guadalupe.  Às 03h da manhã o artefato explodiu destruindo o altar, castiçais, janelas, os vidros da catedral e dos prédios vizinhos. Do crucifixo restou um monte de bronze retorcido. Mas a tilma com a imagem de N. S. de Guadalupe nada sofreu.   Hoje o avental é protegido por uma cúpula de vidros à prova de balas. Um forte ácido caiu sobre o lado direito da estampa e danificou o tecido. Três meses depois o mesmo recuperou-se “milagrosamemte.

Quatrocentos anos após o surgimento da estampa na “tilde”, 1929, com os recursos da fotografia da época, fotografando a imagem gravada o fotógrafo da Diocese notou que havia figuras na retina do olho direito da imagem. Como não havia recursos para ampliá-la, o caso foi esquecido. Após vários estudos ao longo do tempo, (1949 a 1960), foi descoberto que havia uma imagem tripla na retina. Com a moderna tecnologia dos computadores da NASA, dos EUA, foram feitas pesquisas oftalmológicas na retina esquerda e foi descoberto e comprovado que é o momento em que o índio deixa as flores caírem no chão e aparece a imagem da virgem, e isto está registrado e vê-se o bispo de joelhos e chorando, seus auxiliares, uma família indígena um soldado espanhol. A retina da imagem tem a temperatura normal de uma mulher jovem, as cores idem. Outro dado agora da medicina: o rosto e as mãos da imagem tem a temperatura de 36, 5 a 37 graus, que é a temperatura de uma mulher com saúde perfeita. As batidas do coração da estampa é a de uma mulher grávida. Quanto à pintura em si não há nenhum material igual em toda a história e está a milionésimos de centímetros do tecido. Um raio “leizer” passa entre a pintura e o tecido. O Dr. Enrique Graue, o maior especialista em oftalmologia das Américas, examinando as retinas da imagem e sendo as mesmas “olhando para baixo” e admirado com a luminosidade, temperatura, nitidez e normalidades humanas das retinas, absorto no exame oftalmoscópio, pediu: “Por favor, olhe um pouco para cima”. Vale salientar que o cientista em questão, diz-se ateu.   Hoje se sabe que as estrelas no manto azul que cobre a imagem, eram as estrelas que estavam no firmamento em todas as Américas, no dia 12 de dezembro de 1531, ás 10h 36m. A “pintura” no tecido vegetal não é de materiais sintéticos ou industriais e está distante do tecido microscopicamente. Quanto à pintura a mesma é chamada de “acheropita”, isto é não pintada por mão humana.   Declarou o Papa Bento XIV, em 1754“Nela tudo é milagroso: uma Imagem que provém de flores colhidas num terreno totalmente estéril, no qual só podem crescer espinheiros… uma Imagem estampada numa tela tão rala que através dela pode se enxergar o povo e a nave da Igreja… Deus não agiu assim com nenhuma outra nação”. O Papa Pio X a proclamou em 1910 a “Celestial Padroeira da América Latina”. Nossa Senhora de Guadalupe foi declarada “Padroeira de toda a América” pelo Papa Pio XII no dia 12 de outubro de 1945.  O teólogo, cientista, parapsicólogo e jesuíta,  Pe. Oscar Quevedo chama a imagem de Guadalupe como ”[...] a assinatura de Deus”. (livro, citado abaixo, p.55)
Vinte e cinco papas aprovaram e incentivaram o culto devocional à N. S. de Graças, dentre eles: Bento XIV em 1754; Pio X; Paulo VI, J. Paulo II, Bento XVI e o atual,  Papa Francisco. O papa J. Paulo II esteve na basílica de N. S. de Guadalupe em 25.01.79; e o papa Francisco fez o mesmo em 12.02.de 2016.


FONTE: QUEVEDO, Oscar sj, Nossa Senhora de Guadalupe. O olhar de Maria para a A. Latina, São Paulo, Ed Loyola, 1996




[1] Fernando Gondim é graduado e pos-graduado (Lato Sensu) em Ciências da Religião pela UVA e pelo ICRE, respectivamente.
[2] .[2] Para o povo da Bíblia “[...] o umbigo do mundo é o lugar onde está preso o cordão umbilical que une a terra com o céu”. (Cf. Pe Alonso Schökel, Bíblia do Peregrino, Ez 38, 12, comentário ao citado versículo, p.2110. Idem em Jz 9, 37, p.446. Assim foi com Jerusalém, Assíria, Roma... 


Enviado do Outlook


3 fatos cientificamente inexplicáveis sobre a imagem de Guadalupe


Basílica de Guadalupe, Cidade do México - Reprodução

Um dos mais impressionantes: o manto tem características de um corpo humano vivo!

No dia 12 de dezembro de 1531, Nossa Senhora apareceu no México para um indígena de 57 anos chamado Juan Diego, a quem ela pediu que recolhesse com a sua tilma, um manto típico feito de tecido muito pobre, rosas de Castela que tinham florescido apesar do inverno e as apresentasse ao arcebispo dom Juan de Zumárraga como prova das aparições. Quando Juan Diego desdobrou o manto com as rosas diante do arcebispo, as pessoas presentes perceberam que estava impressa sobre a tilma do indígena a imagem que hoje o mundo inteiro conhece como a de Nossa Senhora de Guadalupe.
Acontece que essa imagem impressa sobre o manto de São Juan Diego tem características extraordinárias que desafiam a ciência há cinco séculos:

 1 – A imagem sobre o manto não é pintura e é impossível fazer qualquer réplica dela
O manto, tecido principalmente com fibras de cacto, é de qualidade muito baixa. A sua superfície áspera, já difícil até de vestir, torna quase impossível a preservação de qualquer imagem pintada nele. A imagem de Guadalupe, no entanto, está intacta nesse manto há quase 500 anos.
Os cientistas e peritos em fotografia que a estudaram garantem que não foi usada qualquer técnica de pintura adequada a esse tecido e que nem sequer existem nele traços de pincel; em vez disso, o que se descobriu é que a imagem foi literalmente impressa, toda ao mesmo tempo, sobre o manto, e que a sua coloração não apresenta elementos animais nem minerais, além de mudar ligeiramente de tom conforme o ângulo do qual é vista. Como se não bastasse, embora o manto seja tão grosseiro, a parte dele sobre a qual a imagem ficou impressa se tornou suave como seda.
Nunca se conseguiu replicar nenhuma imagem com as mesmas propriedades da que está impressa no manto de Juan Diego, a começar pelo próprio fato de que ela perdure há quase 500 anos, sem descolorir, num tecido de péssima qualidade. As melhores aproximações foram obtidas pelo artista Miguel Cabrera, do século XVIII, que descreveu a imensa dificuldade de recriar essa imagem mesmo nas melhores superfícies.
A imagem contém, ainda, um sem-fim de detalhes que impressionam:
  • O cabelo solto da Virgem de Guadalupe é um símbolo asteca da virgindade.
  • Uma das mãos é mais morena e a outra é mais branca, indicando a união entre os povos.
  • As 46 estrelas impressas no manto representam exatamente as constelações vistas no céu na noite de 12 de dezembro de 1531.
  • Os raios do sol, maior divindade venerada pela cultura asteca, se intensificam justamente no ventre da imagem de Maria, que está grávida.
  • A lua sob os pés, além de evocar a “mulher vestida de sol com a lua sob seus pés”, descrita no Apocalipse, também evoca o próprio nome do México na língua asteca: “centro da lua”.
  • O anjo, representado com asas de pássaros típicos da região da Cidade do México, simboliza a junção entre a terra e o céu.

2 – O manto tem características de um corpo humano vivo!
Em 1979, o biofísico dr. Phillip Callahan, da Universidade da Flórida, analisou o manto com tecnologia infravermelha e descobriu que a malha mantém uma temperatura constante de 36.6 a 37 graus Celsius, que é a temperatura normal de uma pessoa viva.
O médico mexicano dr. Carlos Fernández de Castillo, que também examinou o tecido, encontrou sobre o ventre de Maria uma flor de quatro pétalas que os astecas chamavam de “Nahui Ollin”, símbolo do sol e da plenitude. Prosseguindo seus exames, o dr. Fernández de Castillo concluiu que as dimensões do corpo de Nossa Senhora na imagem eram as mesmas de uma gestante a poucos dias de dar à luz. E 12 de dezembro, dia da aparição, é bem próximo de 25 de dezembro, Natal.
O oftalmologista peruano dr. José Alte Tonsmann se concentrou em estudar os olhos da imagem da Virgem de Guadalupe. Com magnificação de 2.500 vezes, ele identificou o reflexo de até 13 indivíduos em ambos os olhos, com proporções diferentes, exatamente como acontece quando o olho humano reflete uma imagem. Parece ser a captura do exato momento em que São Juan Diego desdobrou a manto diante do arcebispo Zumárraga e das demais pessoas presentes na ocasião.





3 – O manto, apesar da péssima qualidade, parece ser indestrutível!
Em 1785, durante uma limpeza do vidro que protege o manto, derramou-se solvente de ácido nítrico sobre grande parte da imagem, que deveria ter sido instantaneamente corroída. No entanto, a imagem se restaurou sozinha em 30 dias e continua intacta até hoje, com pequenas manchas somente em partes do manto que não contêm a imagem.
Em 1921, um militante anticlerical colocou diante da imagem, na Basílica de Nossa Senhora de Guadalupe, um vaso de rosas que na verdade continha 29 cargas de dinamite. A explosão fez voar pelos ares desde o piso até o genuflexório de mármore, atingindo até mesmo janelas a 150 metros de distância. Um pesado crucifixo de bronze e os candelabros de metal que estavam ao lado da imagem se retorceram com a força da explosão. No entanto, a imagem e seu vidro de proteção, que nem sequer era à prova de balas, ficaram perfeitamente intactos.